“Na discussão no Plenário, você poderia ver a pauta, ao invés de entrar num canal e ver uma discussão que já estava começando; isso permite você contextualizar qual é a pauta, quais são as discussões previstas no dia, as votações, quem votou, de qual forma, de qual maneira, os deputados que estão presentes, fazer perguntas, uma audiência interativa”, explica.
Maior alcance
A Rede Legislativa de televisão também poderá ganhar maior alcance com a nova tecnologia, devido à distribuição de novos canais. O servidor da Câmara defende a concessão de um canal único nacional para toda a rede. Com isso, segundo afirma, seria possível implantar novas estações de TV em todo o País.
Neiva ressaltou ainda que a nova tecnologia permite uma comunicação direcionada ao telespectador de cada localidade. Como isso, haveria a possibilidade de criar políticas públicas direcionadas às necessidades do cidadão de diferentes locais, como campanhas de saúde, educação e mesmo experiências de governo digital.
Comunicação segmentada
A diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Maíra Bitencourt, também destacou a possibilidade de comunicação segmentada como uma oportunidade para a comunicação pública. Maíra ressaltou que, com o consumo de notícias por meio da internet ao longo de todo o dia, quando chega em casa o cidadão quer ter acesso a notícias locais. A nova tecnologia permite atender a essa demanda, segundo a especialista.
“O conteúdo geral já está presente nas redes. Quando a gente para naquele momento em casa para assistir à televisão, especificamente o noticiário, a gente espera saber o que está acontecendo ao nosso redor. Aí, com a possibilidade da hipersegmentação voltada à informação, a gente consegue potencializar também a informação hiperlocal e a informação a ser distribuída pelos nossos parceiros na construção dessa rede de comunicação pública”, explicou.
Financiamento
Como um dos principais desafios, os dois representantes das emissoras de televisão pública ressaltaram o financiamento das inovações tecnológicas necessárias à adoção do novo sistema de TV. No modelo a ser adotado, os conteúdos audiovisuais serão transmitidos por meio de aplicativos. Um dos primeiros problemas a serem enfrentados, então, é o próprio desenvolvimento de um aplicativo para as emissoras públicas.
Como sublinhou Carlos Neiva, será necessário também trocar os equipamentos de transmissão e de recepção do sinal de TV. E, além disso, é preciso criar uma rede de internet com capacidade para transportar o conteúdo das emissoras. Segundo Neiva, a Câmara já fez uma experiência com a estrutura existente hoje, e, quando a audiência aumenta, a infraestrutura não suporta a demanda e cai toda a conexão.
Pela legislação vigente, o Brasil deverá começar a transição para a TV 3.0 a partir do ano que vem.
FONTE/CRÉDITOS: Agência Câmara Notícias
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
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