O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu que Israel não mantenha o cessar-fogo caso o Hamas não liberte mais reféns até sábado (15). Durante um evento na Casa Branca, ele declarou que, se o grupo não cumprir o acordo, o conflito pode se intensificar.

– Deixe o inferno se instaurar – disse o presidente norte-americano.

Trump indicou que Israel pode abandonar a trégua se os reféns não forem libertados até o meio-dia de sábado, no horário local. Ele também afirmou que discutirá o assunto com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Antes de assumir o cargo, Trump já havia declarado que reagiria de forma intensa caso os reféns não fossem soltos imediatamente. Um representante de seu governo participou das negociações que resultaram no cessar-fogo, iniciado um dia antes da posse do republicano.

O acordo prevê três fases. No estágio inicial, o Hamas deveria soltar 33 reféns de maneira gradual, enquanto Israel reduziria a presença militar em Gaza e libertaria prisioneiros palestinos. Até segunda-feira, 16 reféns haviam sido soltos.

Nesta segunda-feira (10), porém, o Hamas informou que atrasaria a liberação de reféns, alegando que Israel descumpriu termos do cessar-fogo. Entre as acusações, o grupo cita dificuldades no envio de ajuda humanitária para Gaza, restrições ao retorno de deslocados e novos ataques.

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