Volta e meia esse assunto toma as redes sociais e as paginas com muitas informações imprecisas e muitas opiniões sem base. Seja por que o assunto foi pautado por congressistas ou até pelo STF, ou por um caso de estupro de menor que fica famoso no país e trás de volta a vida do brasileiro essa eterna discussão. Os que defendem a causa usam dados inflados e argumentos infundados para que haja a liberação da interrupção da gravidez. O principal argumento é que sendo o aborto ilegal, milhares de mulheres procuram o fazer de forma clandestina e mal feita, o que ocasiona milhares de internações e mortes de mulheres, sendo assim, a legalização faria com que a chance da mulher morrer durante a operação diminuiria sendo o procedimento feito num hospital com todas as tecnologias a disposição.
Os dados utilizados para este argumento são da fundação instituto Alan Guttmacher, que é uma ONG milionária americana que age em todo mundo investindo em politica e promoção de ações abortistas. Alan Guttmacher que dá o nome a fundação é também ex-presidente da Planned Parenthood, maior clinica de aborto do mundo. Segundo os dados deste instituto, no Brasil acontecem cerca de 1,5 milhões de abortos clandestinos por ano. No entanto, sendo o instituto grande beneficiário dessa narrativa, esses dados não são de confiança, pois se os abortos são clandestinos, como se chega a essa conclusão? Esse número assustador é a multiplicação dos casos de internações por complicações durante o procedimento do aborto por seis.
Mas vamos aos fatos. Em uma publicação de 18 de dezembro de 2016, o jornal Estadão trouxe os dados do ministério da saúde que mostravam os números de internações naquele ano por aborto. Foram 123.312 internações totais por abortos, nesse numero estão também abortos espontâneos. A fonte também explica que somente 25% desses casos foram de tentativas de aborto mal sucedidas, ou seja, 30828 casos. Em uma pesquisa de fevereiro de 2017: Aborto no Brasil, uma pesquisa domiciliar com técnica de urna, a pesquisadora Debora Diniz e Marcelo Medeiros apresentam que 50% dos procedimentos de tentativa de interrupção da gravidez geram internações. Levando em conta esse dado e os dados do estadão, para chegar ao numero total de abortos naquele ano basta que se multiplique por dois o numero de internações, isso é 61656 casos de abortos em 2016.
Claro que esse número não é o suficiente para a narrativa da necessidade da legalização imediata, por isso as associações internacionais que investem milhões nessa causa, apoiam e patrocinam mídias, movimentos e partidos para que não façam essa conta e não cheguem ao resultado real. Porém aqueles que são pró-vida e contra essa abominação mortal também não se podem dar por satisfeitos com esses dados e achar que os mesmos são pequenos. São números pequenos apenas se compararem com os milhões de casos que se promovem pela mídia, mas 60 mil abortos ainda é um numero assustador, e quem defende a causa da vida precisa propor, cobrar e investir em soluções melhores que o assassinato.
Há alternativas para ajudar que mulheres não morram tentando fazer aborto, e que as crianças não morram abortadas, quero citar aqui apenas algumas delas: Penas duras para casos de estupro, uma lei eficiente contra abusos sexuais, segurança publica eficiente, assegurar que todos possam ter sua segurança individual permitida através do porte e posse de armas, politicas de prevenção da sexualidade precoce, uma educação sexual didática e não uma aula de fazer sexo, campanhas que apresentem a verdade sobre as consequências do aborto no corpo, psicológico e espiritual das mulheres e da família, apoio as meninas gravidas e aos seus filhos e assistência psicológica para elas e para famílias, incentivo a castidade, diminuição da influencia da pornografia, barrar a influencia negativa do controle de natalidade, promover a cultura familiar de bons costumes e bons valores onde essas questões se quer seriam pensadas. Essas são politicas publicas e privadas que poderiam chegar a resultados eficientes diminuindo a morte de mães e bebês e transformando assim o aborto em apenas algo imoral, impensável e abominável e destruiria o argumento de sua liberação ser um caso de saúde publica.
Mas porque as feministas, os esquerdistas e as fundações não pensam em medidas preventivas? Porque desejam remediar do que prevenir? E porque o remédio é sempre a morte do inocente? A resposta é simples, para eles 60 mil é muito pouco. Você já assistiu ao vídeo de uma militante feminista em Washington D.C. gritando: “We love to kill babys.’’? A feminista gritando “amamos matar bebes” representa bem essa classe e prova que matar bebes no ventre das mães não é uma questão de saúde publica, não é cuidado com a mulher, não é pelo direito de escolher. Tudo isso é narrativa para convencer aos poucos as mulheres que ainda tem um pouco de decência no seu interior, que sentindo compaixão da outra que morre acaba aderindo a uma causa abominável. Elas sabem usar dos bons sentimentos para causar os maus.
Tudo começa sempre da mesma forma: dizer para uma classe que ela é oprimida e que precisa lutar por seus direitos, Karl Marx idealizou essa luta de classes entre proletariados coitadinhos e burgueses patrões malvados. Tudo em nome de uma revolução, revolução essa que não será de leis e direitos mas será social. Os ideólogos da nova era sabem que essa forma de luta de classes não faz mais tanto estrago, que para destruir a atual forma de sociedade baseada em valores cristãos e familiares precisam destruir aqueles que lutam por esses valores, os cristãos e as famílias e a forma para isso é fazer deles os novos burgueses malvados, os novos opressores. E dos pobres coitadinhos oprimidos os seus revolucionários. Cabe a quem defende a família e o cristianismo e seus valores não se fazerem de vitima, mas pelo contrario, fazer aquilo que fizeram por séculos e com mais eficiência, isto é, viver seus valores, promover seus valores, fazer família, criar a família, educar a família e levar com ainda mais fervor o evangelho da salvação.
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